segunda-feira, março 20, 2006

UMA CARTA DE DESPEDIDA…





Deixas-me num estado de desespero total
Não sei de ti
Escrevo-te para dizer que te amo
As palavras custam a sair
Deixas-me num estado de vazio prolongado
Não falas comigo
Escrevo-te para dizer que te amo
Já não faço amor contigo
Sempre soube que eram um pecado os nosso beijos
Gostava de te beijar…a tua boca molhada entreaberta.
Deixas-me num estado perdido desconexo.
Perdi-te um dia eu sei
Não encontro o caminho até ti.
Este deveria ser um dia feliz
Mas não é o dia que eu imaginava.
Escrevo só para dizer que te amo
Mesmo que sinta na boca o gosto amargo da ausência
A tua falta aqui
Deixas-me num estado de angústia final.
Não sei de ti
Estás num mundo paralelo ao meu,
Tão perto e distante
É para mim difícil chamar-te de meu amor
O silêncio instalou-se confortavelmente entre nós…
Por isso resolvi escrever esta carta
Em jeito de despedida
Para dizer que te amo
Na esperança que leias um dia e então regresses
E que faz um tempo,
Demasiado tempo já
Não sei de ti…

João marinheiro ausente 19/03/06
Fotografia de Barcoantigo

10 comentários:

Anónimo disse...

Enquanto as luzes cintilavam
na dança sensual da aurora boreal,
meu coração crescia dentro do peito
sentindo a explosão do amor
em todas as nuances de suas cores,
tomando-me fascinada pelo homem
que bem à minha frente estava...
Enquanto no pólo norte
tudo isso acontecia,
em mim nascia a esperança e a certeza de
que agora o conquistaria.
Ah!
Abençoadas férias no Alasca!
Onde mais despertaria esse amor
gigante e adormecido
nos braços de quem mais queria?

Anónimo disse...

Nunca desistas de um grande amor! Quando se ama e se é amado vale a pena lutar e nunca desistir, mesmo em mundos paralelos nunca desistas do teu amor, Nada de despedidas, vá luta......

hala_kazam disse...

adorei este post...
Dizer adeus é uma coisa sempre dificil...

para ti:

Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
O meu destino está fora de mim
Eu aceito
Sou eu despida de medo e culpas
Confesso

Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã

Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
Amanhã pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim Pretérito Mais Que Perfeito.

Hoje eu vou fingir
E não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã

Hoje eu vou fugir
Para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã
Amanhã

Flutuo

Flutuo - Susana Félix

Beijos.

*Patrícia*

Anónimo disse...

Grata pela ajuda,encontrei sim,é lindo o poema,mas o que mais gostei foi o da sua mãe,bem-haja pela simplicidade da sua escrita,o que muito aprecio.
Uma nota pessoal,reparei que é do Minho,uma vez que deixou aí a localização, eu também, de Paredes de Coura,mas infelizmente não habito lá, estou muito mais para sul perto de Lisboa,embora o meu coração esteja sempre lá envolto nas raízes.Minho bom Minho lindas gentes deste nosso Portugal..rsrs.Abraços :)

arcoiris disse...

Esta carta parece ser tao sentida, parece saida do coraçao, acho que foi escrita nao pela mao mas sim pela alma.
Adorei a forma de escrever, simples e directa.
Voltarei

http://quadrosescritos.blogs.sapo.pt

Anónimo disse...

Despedida mar??? Não me parece.....é mais um adiar de sonhos...tv um adiar noutro contexto, com outras personagens....acusas-me de te impingir o passado...mas agora quem se desliga dele és tu. Beijo eterno meu querido.

joão marinheiro disse...

Tens razão Lua...Despeço-me das coisas aos poucos...Umas melhores outras piores...Não te acuso de me impingires o passado...Faz parte de nós, corre cá dentro, vive em nóe dia sim dia sim, em mim pessoalmente costumo encerra-lo em ficheiros anexos no cerebro, e esqueço a chave,outras vezes encontro um montão de chaves, curioso vou esperimentar a ver se abrem,cada vez que gira o trinco com sucesso, apaga-se na memória esse passado, a melhor forma de o expurgar é mesmo expor a nu como uma ferida, para que o ar a seque até à cura...Sabes Lua, por vezes não sei onde termina o homem e começa o poeta, mas não me importo, gosto das palavras assim,GRANDES.
Beijo imenso do Mar

Héctor Ojeda disse...

El amor nunca va ser mas grande que el amor y no estará nunca más que el tiempo que nesecite el amor. K. Gibrán. Un beso Elisabete.

Héctor Ojeda disse...

Sorry, Lobo... Un abrazo para tí.

Anónimo disse...

os teus poemas são contos de amor, cartas de amor, amor puro. e deseja-se ter um dia recebido cartas assim. e relembra-se um tempo, outro tempo...