quinta-feira, março 09, 2006

PENSAMENTOS...
















Hoje acordei cansado. Que se passa comigo?
Ando confuso, numa mistura de homem e de poeta ou uma dualidade do sentir?
Não sei. Já não sei nada de nada.
Vieste até mim, ou eu fui em tua busca...
E interrogo, que te podia oferecer?
Além das palavras do poeta que coabita em mim.
Nada. Porque não existimos para lá das palavras
E,
Nenhuma palavra é inocente. Sou repetitivo...
Revelas-te no que escreves,
E eu, distraido ou propositado, faço de conta que não leio
Não sinto as tuas palavras como lamentos
Que são gritos dum coração magoado.
E eu, a minha falta de jeito de poeta
Que te ofereci?
Um punhado de palavras que ferem, que fazem sonhar, que te levam
Porque são os meus sonhos, porque tambem quero ir...
Mas não vou
Nunca vou.
Coabito no corpo do homem, preso da sua vontade.
Dos seus compromissos assumidos.
Vou partir de novo, aproxima-se um solestício.
O poeta vai agrilhoado mesmo contra vontade.
Um dia retorna.
As palavras, mesmo as que perderam a candura da inocência
Ficam contigo.
"AS PALAVRAS QUE NUNCA TE DIREI"
Que partilhei
São o que resta de mim.
Um ajuntamento de saudade, de sonho, amor e dor.
Guarda-as junto do coração.
Na memoria dos tempos
continuamos de roda um do outro...

João marinheiro ausente 09/03/06

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