quarta-feira, junho 27, 2007


Vieste pela madrugada alta
Chegaste a mim, ao meu corpo quente
As tuas mãos frias em mim
O arrepio que senti
O frio das tuas mãos a cortarem. Lâminas do fogo
Estremeço
Rolo na cama
Sinto o teu cheiro e os teus cabelos a roçarem-me o rosto
Escuto a tua voz em sussurro
-Quero-te!
-Quero-te dentro de mim!
Abro os olhos. Demasiado na penumbra
O quarto demasiado grande
A cama do hotel onde estou só!
-Ah! Se pudesse afastar-te do pensamento
Arrancar-te do coração.


João 2007

Fotografia; Tiago Xavier/www.olhares.com

8 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito do poema!

Beijo.

Anónimo disse...

De repente, na escuridão do quarto, os olhos já não vêem, os dedos já não sentem mas encontra-se lá toda a existência de uma apoteose de dois corpos em luta...

Menina Marota disse...

E na dança dos corpos, os sentimentos diluem-se...

Beijo ;))

happiness...moreorless disse...

Perfeito*

Maria disse...

A solidão.... sempre....

Um abraço, João

tb disse...

e porque haverias de arrancar as tuas vivências? Deixarias de ser uma parte de ti. Não queiras, João! Fica assim como és, e escreve mesmo assim. :)
beijo de mim

Anónimo disse...

Saudades das palavras do meu querido poeta!

abraços sempre daqui

APC disse...

[...!!!]


(E a foto �... sim, senhores!)