domingo, junho 25, 2006

OS DIAS QUE FALTAM…


Ai os dias
Que caem iguais desesperadamente monótonos pelo lado errado de mim
Ai os dias
Que amanhecem
Que anoitecem
E eu neste intervalo do tempo envelheço

Ai os dias
Os dias dos dias cíclicos
Em círculos
De poesia
Avessa
Ácida
Gutural
Os dias da musica
Os dias dos dias nos dias em que não estou
Nem
Do lado de dentro
Nem
Do lado de fora de mim.

Os dias
Ai os dias
Que percorro num calendário semanal, quinzenal, mensal, anual
Em anos comuns e bissextos
Ou sem anos
Dos anos que passam
Com dias.

Ai
Os dias que faltam
E todos os outros que se foram por não fazerem falta já
Porque a única falta nos dias que correm
És tu!

Ai os dias…
Os dias que faltam…
Neste meu tempo
Irreal
Em que tuas mão envoltas no sonho que sonho
Afagam
A poesia avessa em círculos
A nossa musica que cantas ao ouvido baixinho
E adormeço embalado
Viajo para o outro lado irreal onde habitas
Num tempo sem tempo
Sem dias os dias dos dias que faltam
Para acordar do coma em que descanso
Porque eu não passo afinal
Como acusas
De um vendedor de sonhos…
E palavras ácidas avessas
Escritas assim
Guturais…Sem inocência!
Não! Não sou definitivamente um homem bom.
Falta-me a tolerância
Dos dias cinzentos de tempestade
Onde me perco em luta para sobreviver…


Ai os dias
Os dias que faltam…


João marinheiro Junho de 2006
Fotigrafia de Barcoantigo

2 comentários:

Anónimo disse...

Tanta gente condenada inocente...

APC disse...

Ai os dias, que por vezes não são nossos...
... Que temos que conquistar!