sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Das palavras IV...


Apesar de tudo e depois de tudo guardo-te para sempre. Sei que a minha hora chegou. É tempo de partidas hoje…


…Despedimo-nos meu amor com o gosto amargo da derrota na boca
E o peso de mil desânimos nos olhos
Despedimo-nos meu amor sem mais uma palavra
Só o silêncio permanece inalterado e puro em nós

Despedimo-nos com a angústia nos olhos
O desejo nos lábios
O querer nas mãos

Despedimo-nos com a tristeza residente
A alegria ausente
A dor presente. Sempre presente em nós.
Ambos partimos já
Demos as mãos pela última vez
Um fogo que nos queima como brasas rubras…


João marinheiro, 2007
Fotografia Google

6 comentários:

António disse...

Olá!
Li os últimos posts que revelam bem a alma atormentada por um amor que se esfumou.

Obrigado pelo teu comentário ao meu texto sobre os últimos dias e a morte de minha mãe.

Falaste em Ínsua e Minho.
Lembrei-me logo de Moledo e de Caminha.

Um abraço

Anónimo disse...

é isso.. só o silêncio permanece inalterado e puro..
e ao silêncio me remeto porque não tenho palavras para comentar este relato tão intenso de uma despedida.
bjs

Claudia disse...

Para Sempre...

Maria disse...

E eu deixo-te um beijo...

Anónimo disse...

sabe-me a boca a sangue
e a fel
outro alimento não sei
mas já ouvi falar no sabor
a fruta e a mel
mas não,nunca ainda
os provei
dizem que é doce..
o que é isso?
antes o fel o fosse
antes o sangue tivesse sumiço
antes ninguém
mos tivesse descrito.

tb disse...

porque na imortaliade não há despedidas...