quinta-feira, maio 24, 2007

Já não sei...


Já não sei da ternura nos teus lábios
A carícia das tuas mãos
O amor pleno nos teus olhos
Já não sei de mim
Ou de ti que foste embora
Já não sei
Dos dias calmos quando passeávamos de mãos dadas
Pelo entardecer do rio
O adormecer do sol quente
O vento meigo
Já não sei.
joão marinheiro 2007
Fotografia de Barcoantigo

10 comentários:

CNS disse...

Belo acaso este, que me fez descobrir um marinheiro que navega numa corrente de palavras espelhadas de beleza....

rtp disse...

As palavras lindas, como sempre!
E na foto vê-se um "beijinho"(Não sei qual é o nome técnico ...), não é?

joão marinheiro disse...

RTP,
è verdade, tambem não sei o nome da pequena concha, sempre lhe chamei beijinhos, e desde que me conheço a andar com os pés na água salgada sempre ando em sua busca, mas são cada vez mais raros, assim como os sentimentos puros, extinguem-se lentamente.
Abraço para ti.

Anónimo disse...

São beijinhos sim, costumo apanhá-los também.

Uma delícia de fotografia.
As palavras também se apanham assim, à beira mar, junto ao vento.


Olá João Marinheiro

Eme disse...

Sabes uma coisa? Eu acho que sabes. Tens de saber. De outro modo, não terias recordação sequer para escrever o que já não sabes. E tu sabes sempre, ali bem no teu intimo.
Beijo e abraço

Anónimo disse...

Um Beijinho...
Uma casinha...
Uma conchinha!

Um simples e pequeno mimo criado na imensidão da natureza

Somente quem traz no olhar e nas mãos a simplicidade... é que vai em busca para recolhe-las em um universo de mares e areias.


Assim são tuas palavras Poeta
Sempre estamos a colher!
abraços sempre

Bruna Pereira Ferreira disse...

Será que está tudo escondido num búzio à espera que o encontres na areia, marinheiro?

Bom fim-de-semana :)

APC disse...

Pelo menos ainda sabes encontrar um beijo (esse, o "inho", é mero símbolo de um outro que se ficou na areia, sob as ondas do mar).
Abraço amigo!

tb disse...

Há sempre um saber que não esquece, quanto mais não seja uma simples concha na palma da nossa mão. :)
beijinho

Andreia disse...

A memória tem destes caprichos. Vai esquecendo. O coração, nunca... Muito bonito!