Hoje resolvi partilhar dois poemas de duas pessoas virtuais e grandes para mim.
Virtuais porque não passam de palavras trocadas via net, resumidas à quadratura do monitor...
Grandes porque é assim que gosto das pessoas, como das palavras...
Chamo-lhe poesia a quatro mãos, se calhar estou errado
Mas gosto do som limpido, os dedos nas teclas branco e negro do piano que não sei tocar.
Se calhar continuo errado, por gostar do som do piano. Podia gostar de outro som, mas este é especial, são as mãos que fazem amor com as teclas, logo gosto do piano e pronto! Já não falo mais nisso.
As vezes gosto de descobrir um poema dentro de outro, o tal mundo ao contrário...
este foi o resultado aqui exposto.
Penitencio-me da ousadia por ter profanado as vossas palavras.
Obrigado ao Sol obrigado à Lua.
NESTA MADRUGADA ( poema a 4 mãos…)
Nesta madrugada sem sono, nem sonhos
Igual a tantas outras
Olho o mar que me acordou
Com o seu lamento triste
E entoo baixinho, este fado
Que a vida me ensinou.
Olhando a pauta, e as notas
Em gestos repetitivos
Dedilhando uma guitarra
Muda
Que nada emite!
Queda e triste como um lamento
Nem sons nem gemidos
Nem ais por ti
Só meus pensamentos sentidos.
Reparo que nada tenho
Reparo que nada sou
Nem guitarra, nem canção
Ou a sombra de mim
Só o mar entoa o seu canto
Um cantar dorido
Que me embala lentamente
Como a mãe embala o filho
Nos seus múrmurios secretos
Conta-me segredos tais
Cadenciando nas ondas
A surpresa
A desordem do meu espanto
Tal é o estado de pranto
Nesta madrugada expectante
Nesta madrugada sem sono, nem sonhos
Igual a tantas outras
Olho o mar que me acordou
Com o seu lamento triste
E entoo baixinho, este fado
Que a vida me ensinou.
Olhando a pauta, e as notas
Em gestos repetitivos
Dedilhando uma guitarra
Muda
Que nada emite!
Queda e triste como um lamento
Nem sons nem gemidos
Nem ais por ti
Só meus pensamentos sentidos.
Reparo que nada tenho
Reparo que nada sou
Nem guitarra, nem canção
Ou a sombra de mim
Só o mar entoa o seu canto
Um cantar dorido
Que me embala lentamente
Como a mãe embala o filho
Nos seus múrmurios secretos
Conta-me segredos tais
Cadenciando nas ondas
A surpresa
A desordem do meu espanto
Tal é o estado de pranto
Nesta madrugada expectante
Poema partilhado por João marinheiro e Piedade Sol
do blog:http:/olharentonsdemaresia.blogspot.com
HOJE (Poema a 4 mãos)
Hoje...
Agora
Sim hoje...não ontem.
Neste instante apressado
Foi hoje...que senti o vento da manhã...
Revolto
Revolto
Aquele que me solta os mistérios,
Em redemoinhos estranhos
Em redemoinhos estranhos
Deixa abertos meus critérios, pelo gosto de desvendar
Os segredos
Os segredos
Sim! Foi hoje que o senti.
Neste instante único
Neste instante único
Não ontem...nem será amanhã...
Nem antes nem depois
Nem antes nem depois
Esse vento que me beija o rosto,
Acaricia a pele
Acaricia a pele
Me encanta o gosto...
Com um travo de mel…
Com um travo de mel…
Que vem de mansinho que abana as cortinas do meu sentir...
Serenamente.
Serenamente.
Entra devagarinho beija-me num desalinho de sentimentos confusos
Excitação
Onde desejos difusos...me penetram a pele.
Como te queria sentir por dentro de mim…
Excitação
Onde desejos difusos...me penetram a pele.
Como te queria sentir por dentro de mim…
Aiii...vento da manhã!!!!...Faz amor comigo...
Leva-me ao céu
Leva-me ao céu
Quero que sejas meu castigo
O suplício do prazer
O suplício do prazer
Quero que me beijes por inteira
Aos poucos
Aos poucos
Me embales na eira, onde madrugam os pardais.
E se juntam os rouxinóis
E se juntam os rouxinóis
Aperta meus seios, sente meu corpo dormente
Que geme por ti
Que geme por ti
Diz-me que mesmo distante, não te sou indiferente.
Sou presente agora e aqui!
Quando chegas trazes contigo o sonho
O meu alimento de amor
Sou presente agora e aqui!
Quando chegas trazes contigo o sonho
O meu alimento de amor
O desejo de algo maior...
Tu por inteiro
Tu por inteiro
Ai, se pudesses ouvir-me o olhar
Escutavas de olhos fechados…
Escutavas de olhos fechados…
Ou saborear-me os sentidos...
Provavas o gosto
Provavas o gosto
Saberias que nem a poesia acalenta
O querer forte
O querer forte
O fremir dos meus desejos.
Anseios
Anseios
Neste desvairo vens como brisa matinal é assim que me tentas
Os redemoinhos estranhos…
Os redemoinhos estranhos…
No desdobrar do corpo, no calor aveludado e subtil...
Onde te perdes em carícias de brisas
Onde te perdes em carícias de brisas
Quando meus sonhos se encontram com os teus e no vento da manhã se
beijam.
Unidos
Não posso imaginar outro momento que não esse, quando meu desejo te
invoca
E tu chegas
beijam.
Unidos
Não posso imaginar outro momento que não esse, quando meu desejo te
invoca
E tu chegas
E ficas na parte de dentro do meu corpo...
Eu por fora de ti
Eu por fora de ti
Onde adormeces e acordas de mão dada com o meu amor.
Nesta cama em pétalas de rosas
Nesta cama em pétalas de rosas
Queria que o vento da manhã me contasse que cada gesto meu,
Repetido em ti
Repetido em ti
Me deixa entregue ao ardor da tua memória.
Que venero como relíquia
Que venero como relíquia
E neste beijo da brisa, enrosco meu corpo no sonho e abraço-me na tua ausência.
Poema a 4 mãos por João marinheiro e Ana Luar do blog:http:/aromasdemulher.blogs.simplesnet.pt/
Poema a 4 mãos por João marinheiro e Ana Luar do blog:http:/aromasdemulher.blogs.simplesnet.pt/
10 comentários:
Quem tem a serenidade na alma, de gostar de ouvir um piano, tem sentires do tamanho do mundo e da fantasia de viver para sempre…
Também eu me perco nos acordes de sentir o espírito e o tom, ao som de um piano…
Esses poemas escritos a quatro dedos e a duas almas estão lindíssimos, não tivessem quem os escreve, o coração a bater ao compasso de quem gosta de sentir a vida …
Bom dia, deixo-te beijos de carinho
Obrigado por partilhares estes dois poemas lindos. Gosto deste tipo de poesia escrita a quatro mãos, talvez um dia também tente. Gostei...
Muito bonito:)
Bom fim-de-semana:)bj!
Voltei quero ler de novo este poema "Hoje", quero sentir as misturas do erotismo, com os toques de sensibilidade e magia, quando leio este poema, palavra por palavra, vão-se desenhando imagens de beleza e ousadia e paixão na minha mente... "é no sonho que está a Verdade,
é no unir-se de corpos que se oferecem e se amam enquanto a escuridão se vai..." Tudo que é bom, dura o tempo suficiente para ser inesquecível... Para realçar o que mais gostei, teria que transcrever todo o poema... sendo assim, deixo-te apenas um abraço.
PS: Ainda o virei ler novamente!
Obrigado Arthur pelas palavras encorajadoras, mas o q faço por vezes no cruzamento de poemas é profanar outras palavras...
Abraço.
As minhas palavras tornam-se grandes como tu gostas...porque se encaixam nas tuas mar...
Acho que ficou um encanto este nosso poemaa 4 mãos.
O vosso: teu e da Piedade está simplesmente magnifico....aliás aplaudi de pé, no blog da Piedade.
Quando a palavra se une, torna-se realmente grandiosa. Beijo eterno nas mãos que entrelaçam palavras em palavras.
Aportei aqui marinheiro e gostei das tuas aguas, ora calmas, ora revoltas, mas sempre profundas.
Voltarei a navegar por aqui :)
Beijo
......simplesmente bonito.....
Bom fim-de-semana
MAS QUE BONITO.
SÓ NÃO ENTENDO COMO FOI ESCRITO A 4 MÃOS, A MENOS QUE SEJAM 4 PESSOAS, PORQUE SE SÃO DOIS, TÊM DE ESCREVER COM DUAS MÃOS CADA.RSRSR.
A SÉRIO ADOREI MESMO.
ABRAÇOS.
... agradeço ao João, a maneira como encaixou as palavras e os sentires...nestes dois poemas belissimos, agradeço também à Ana...
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