Queria de ti o amor, só o amor
Extraído à força, decantado no sentir, curtido, de sabor intenso
Um trago de vinho rubro a correr por dentro
Um perfume de sangue nas veias
Como as ruas da cidade tua onde passeio hoje como estranho acossado
Porque estou de passagem aqui e não sou nada…
Acordei nos teus braços um dia
Beijei teus seios fartos
E hoje sinto um vazio tão grande
A imensidão imensa de não ser nada.
Porque estou de passagem aqui e não sou nada
Queria de ti o amor, só o amor
Impossível. Impossíveis somos
Porque os olhos já não dizem nada
O que dizem os teus olhos hoje?
Resta-nos a ausência como uma despedida
E eu caminho nesta avenida pela primeira vez
E tu podias ser a mulher que caminha na minha frente esbelta
a qual observo enquanto vamos na mesma direcção
simbiose perfeita dos passos com a beleza do corpo. A elegância.
E se és tu imaginada que caminhas há minha frente sem rosto, os cabelos esvoaçando
Eu já não sei nada
Queria de ti o amor, só o amor
São Paio de Antas Outubro de 2012
5 comentários:
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinícius de Moraes
Encontramo-nos sempre na saudade!
Beijos ao meu grande... Poeta.
Poeta
saíste de mim e voaste...
beijos para estas palavras!
O amor... ai o amor...
Gostei de ler-te.
Um abraço
Triste quando os olhos já nao dizem nada...
Gostei!
brisas doces ***
Queria de ti o amor, só o amor...
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