não me despedi de ti, levei-te comigo, dentro de mim, nunca te contei. Perdi o teu contacto. Escrevi-te algumas vezes mas as cartas foram devolvidas. Depois habituei-me também à tua ausência.
Sabes, eu acho que esta vida é feita de hábitos, de gestos, de rituais diários, que nos moldam, nos acomodam, e depois o tempo burla-nos, porque nos faz perder a vontade, nos faz ganhar medo de mudar, e vamos ficando, ficando, ficando.
As trevas avançam na memória e tomam de assalto o tempo. Adormecemos por dentro.
Morremos no coração…
João marinheiro , Palavras escritas, 2008
Fotografia de Barcoantigo em 2008
8 comentários:
Há ausências a que nunca nos habituamos. Apenas as aceitamos, porque não temos alternativa...
... mas são ausências sempre presentes...
Um beijo, quando morro mais um bocadinho...
será?
muitas vezes nos enganamos e sabemos.
muitas vezes não nos despedimos, e, sabemos que é uma despedida.
um texto de saudade...
muito o teu estilo...
beij
Que desistência, que derrotismo.Que melancolia doce e poética...
Espero por isso que seja o poeta fingidor a falar...
e morremos tanto:_____________assaltados pelo tempo....:(
beijo João.
(sempe tão sensível).
abraço...........
Quem ama de verdade nunca se despede, apenas finge que o faz e segue em frente…ou não. A acomodação infelizmente existe e sim, concordo contigo, é aí que morremos.
Por vezes há despedidas que têm que ser feitas. E o tempo de luto é queé superior ao que pensamos aguentar.
Mas, para seguir em frente, é necessário fechar portas (dizem-me).
eu sou péssima a encerrar assuntos. Mas continuo em frente.
Mesmo que a memória me traia.
Bj de compreensão
tem razão a maria...........
......sempre presentes...........as ausencias.............
jocas maradas
Vamos ficando, ficando. apenas porque os capítulos de amor são breves. tão breves como são as despedidas. adormece-se quando a saudade já é pedra.
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