Recuso ver-te de outra forma que não a memória de ti
A beleza não morre e tu foste bela.
A beleza não morre e tu foste bela.
As tuas mãos, o teu rosto, os teus seios
Recuso-me ver-te de outra forma.
Recuso-me ver-te de outra forma.
Quero-te no sonho prolongado
Sem que os anos passem. Guardo-te
Há qualquer coisa de injusto porque os olhos já não são da mesma idade
O que te roubou o tempo?
Recuso ver-te sem ser vivendo a tua memória
Mesmo crua e triste.
Há qualquer coisa de injusto em tudo isto
Os meus olhos tem a idade da memória…
Sem que os anos passem. Guardo-te
Há qualquer coisa de injusto porque os olhos já não são da mesma idade
O que te roubou o tempo?
Recuso ver-te sem ser vivendo a tua memória
Mesmo crua e triste.
Há qualquer coisa de injusto em tudo isto
Os meus olhos tem a idade da memória…
João marinheiro 2007
Fotografia Google
9 comentários:
Se os teus olhos têm a idade da memória então continuarás a vê-la sempre bela como a viras outrora. E aí é que está a verdadeira arte. Olhar com os olhos de outrora. Beijos
Ver com os olhos da memória. Um belo e interessante exercício.
Muito lindo! Como sempre! Muitas vezes só leio. Já nem comento. Para não me repetir!
Pois é, João, os meus também...
... e é por isso que são lagos...
"Os meus olhos tem a idade da memória…"
Os teus João...
Os meus...
E os de muitos outros olhos, que sabem guardar as coisas boas, que passam pela nossa vida.
Jinho marujo ranzinza :)
transporto-me à um tempo
onde havia muitos campos,
margaridas e copos de leite...
minhas mãos ainda pequeninas
não sentiam-se soltas, alguém de porte fino... segurava-às, mesmo em passos firmes.
sentia-me pequena
e não é que era mesmo!
o tempo...nem sempre nos tira o brilho ou a vida, mas vai tirando-nos mãos...
Me perdoe pelo citável
quem navegas aqui é tu poeta e com grande estima embarco nas tuas memórias, que tem olhos com idade da memória...
A memória recupera as imagens, que alegram o coração.
Um beijo enorme.
Lindissimas palavras como sempre
Não tens que esquecer nada.
A memória é o único livro que nos deixam levar para todo o lado, até para a morte.
:)
e é bom conservar a memória das coisas...assim não se apagam no tempo e no espaço, esse que é por vezes tão volátil...
beijinhos com todas as memórias.
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