quarta-feira, novembro 22, 2006

Não sei de ti…

As palavras tremem na garganta
As mãos estremecem no ar
O coração treme
O corpo vacila
E não é frio que sinto…

Hoje vou-me embora
Perguntei por ti ao vento
Não me respondeu…

Caminho de mãos nos bolsos
Os olhos no chão, não vêem…
Um frio invade-me os pés agora
Sinto-me a tremer hoje

Hoje vou-me embora
Perguntei por ti ao mar
Não me respondeu…

Esta avenida onde vim dar está despida hoje
As gotas de chuva colam-se no rosto
E sinto frio agora
Gélido deste vento que não me dá noticias tuas.

Hoje vou embora
Perguntei por ti ao tempo
Não me respondeu…

Que faço aqui?
Neste lugar secreto
Onde pergunto por ti
E sonho
E ninguém me diz...

5 comentários:

Anónimo disse...

o mar calou-se hoje.
Estava fria a água. Gélida.
Peço-te a voz e nada me dás. Nado sozinha. Já estou habituada. Já não oiço a tua voz. Já não sei o teu nome.



o mar calou-se hoje.
Parte de vez. Ou vem de vez.

Claudia disse...

Sabes...
Sabes sempre de mim.
Mesmo quando não estou.
Mesmo quando nem eu sei de mim,
Nem eu me encontro...
Tu sabes.
Não precisas que to digam...

Beijo enquanto sabes onde estou

APC disse...

E cessando a procura...
... Vais embora?

Anónimo disse...

O tempo nao te pode responder porque nao existe. Foste tu que o inventaste.
Joao.. sabes o que fazes aqui? Descobre-o. Eu sei.

Maria disse...

Nem o vento, nem o mar, nem o tempo te podem responder: só tu sabes onde está, porque guardaste o teu amor tão bem, mas tão bem, que ele continua em ti e sai-te nas palavras...
um beijo