terça-feira, outubro 31, 2006

De barcos e de outras memórias...

...e ficamos aqui moribundos
a morte entranha-se em nós
leva-nos a alma e as memórias
pobre o país que assim trata o seu património...

Fotografia de Barcoantigo


14 comentários:

Anónimo disse...

Uma bonita imagem embora espelho da alma que se foi e que apenas fica a saudades e a tristeza...
Beijos com alma e memória

Anónimo disse...

Olà Joao, com essa viagem que fizeste, deves ter te apercebido de algo que já nao é novidade nao é? que este país nem se esforça por preservar as riquezas que tem. Somos mesmo pobres sim. A continuar assim, daqui a meio século será que alguém saberá que existiu esse "barco antigo"?

APC disse...

É mesmo... Abandonados, a morte entranha-se-lhes (como tu dizes as coisas bem!) e apaga tudo o que foram, tudo o que sentiram e o seu rasto. Um dia um avô contará histórias que parecem sonhos; e que já ninguém saberá se assim foi.
Vim aqui porque me lembrei de ti.
:-)

Anónimo disse...

é...:( mta pena mesmo, quando vemos por aí tanta coisa descuidada.
Beijinho*

rtp disse...

Imagem forte! Palavras plenas de sentido...

MJ disse...

Boa tarde, João

Retribuo a visita. A 2ª de hoje. Ainda não li muita coisa mas gostei do pouco que consegui ler.

Abraço

Anónimo disse...

Parece um cemitério de barcos, de barcos abandonados ... arrepia a imagem. Arrepia porque é triste, porque é real. É em Portugal?

Um beijo

Anónimo disse...

São os barcos que acabaram os seus dias...tal como na vida algumas vezes somos também abandonados, gosto da tua escrita.

Um beijo

Anónimo disse...

E eu gosto das tuas memórias. Dos teus barcos, das tuas cartas. A maré não está vazia, está cheia, tão cheia que transborda e passa a barreira da muralha na Póvoa. É lá que fico a ver-te partir, sentada na muralha. E é também lá que te vejo chegar. Hoje não sei de ti, fico sem saber se partiste já ou se chegaste pela madrugada e estás em casa a dormir.

um beijo terno

Anónimo disse...

Só queria que viesses buscar-me
e me levasses ao cimo do monte
até que passasse este inverno
este silêncio de vaguear por mim
à procura do que falta

Se tu viesses buscar-me
havíamos de colher malmequeres
e cantaríamos glórias ao Ser
(A mar te 1-08-2006)

Anónimo disse...

E eu só queria ir buscar-te
e levar-te ao cimo do monte
até que passasse este Inverno
este silêncio de vaguear no escuro
Onde os caminhos nos entorpeçem as pernas, os dedos, as mãos, as palavras, o coração

Se eu te fosse buscar
haviamos de colher todas as estrelas do ceu e devolvê-las na manhã seguinte.


Amar-te, eternamente.

Anónimo disse...

mesmo sem saber como.

joão marinheiro disse...

Olá Maré-cheia, Respondendo á tua pergunta a foto situa-se na Bretanha francesa, Douarnenez, frente ao museu da Cidade...
Não te sabia poetisa, aliás não sei rigorosamente nada…
Também não sei qual anónima és. Maré-cheia ou maré vazia? Parece que estais a mandar msg de uma para a outra. Este não será o lugar indicado, já te deste conta.
Vou se calhar, resolver a duvida…
A propósito. Na Póvoa não se diz muralha, mas molhe, pelo menos era assim quando por lá brincava…
Abraço enquanto tento salvar barcos e memórias.

Anónimo disse...

Parece que maré cheia e maré vazia são pessoas diferentes não? Parece que marés negras será o termo mais apropriado. Parece que o único poeta por aqui és tu meu João Marinheiro. A ambiguidade dá resultados satisfatórios. Na minha terra nem muralha nem molhe, chamemos-lhe amor. O único nome possível. Abraços Marinheiro.