Chegamos a este sítio do caminho
Um desfiladeiro chamado vida.
Profundo
Olhamos com espanto.
A surpresa
Abrimos os olhos pelo lado de dentro das orbitas
Tamanho o esforço.
As lágrimas são de sangue puro rubro
Corrosivo q.b.
Chegados a este sitio onde te dei a mão a medo
Te tomei o rosto e beijamo-nos.
O precipício ali em equilíbrio precário esperando um passo em falso.
Perdemos a inocência nesse instante
Como dois amantes no seu primeiro beijo
Deixamos de ser puros!
…As palavras contidas, o dever disfarçado.
As tuas palavras de hoje…
A leve estranha e urgente sensação
Da porta que se abre e sermos apanhados na tempestade fria do lado de fora
Os dias assim, que devemos manter no silêncio
Este silêncio, a estranha sensação do adeus…
As palavras de hoje que cortam como lâminas
Estranha sensação do momento….
As palavras.
Porque falamos?
Gritas-me em torrentes de escrita
Finjo que não ouço os gritos
Mudos
Pelo meu silêncio forçado
Como te queria poder amar com o amor-dos-homens
O amor que tu proclamas de encontro aos teus seios fartos.
Quero-te num amor puro
Mesmo com as lágrimas assumidas rubras…
Quero-te deste e do outro lado de mim
De roda de mim
No amor que o poeta proclama
No amor que o poeta sente…
Chegamos a este sítio do caminho
No cimo do mundo
Onde todos os valentes tem medos
E os amantes se beijam
Ficamos parados, perdidos no desejo.
Quero-te porque me queres
Temos um querer possessivo
Damos as mãos e vamos os dois
Para o outro lado do precipício
Num salto desesperado e único.
Um desfiladeiro chamado vida.
Profundo
Olhamos com espanto.
A surpresa
Abrimos os olhos pelo lado de dentro das orbitas
Tamanho o esforço.
As lágrimas são de sangue puro rubro
Corrosivo q.b.
Chegados a este sitio onde te dei a mão a medo
Te tomei o rosto e beijamo-nos.
O precipício ali em equilíbrio precário esperando um passo em falso.
Perdemos a inocência nesse instante
Como dois amantes no seu primeiro beijo
Deixamos de ser puros!
…As palavras contidas, o dever disfarçado.
As tuas palavras de hoje…
A leve estranha e urgente sensação
Da porta que se abre e sermos apanhados na tempestade fria do lado de fora
Os dias assim, que devemos manter no silêncio
Este silêncio, a estranha sensação do adeus…
As palavras de hoje que cortam como lâminas
Estranha sensação do momento….
As palavras.
Porque falamos?
Gritas-me em torrentes de escrita
Finjo que não ouço os gritos
Mudos
Pelo meu silêncio forçado
Como te queria poder amar com o amor-dos-homens
O amor que tu proclamas de encontro aos teus seios fartos.
Quero-te num amor puro
Mesmo com as lágrimas assumidas rubras…
Quero-te deste e do outro lado de mim
De roda de mim
No amor que o poeta proclama
No amor que o poeta sente…
Chegamos a este sítio do caminho
No cimo do mundo
Onde todos os valentes tem medos
E os amantes se beijam
Ficamos parados, perdidos no desejo.
Quero-te porque me queres
Temos um querer possessivo
Damos as mãos e vamos os dois
Para o outro lado do precipício
Num salto desesperado e único.
SOBREVIVER É PRECISO!…
João marinheiro ausente
São Romão do Neiva 16/06/06
Fotogtafia Google
10 comentários:
...coisas lindas andam no ar.
fico muito contente por este vosso reencontro.o meu sorriso em forma de mar.lindos.
beijos.mil.
O poder das imagens contido nas palavras...
finjo que não ouço os gritos...
adorei ler
jocas maradas
Pois é ASKIM...O único problema é na realidade não existe nenhum reencontro visivel...O resto são palavras...Posso imaginar o teu sorriso com forma de mar isso posso. O resto não!
Abraço deste lado...
Porque já dissemos tanto hoje, mais do que devíamos ou menos, nem sei, deixo-te este poema.
O autor já é nosso conhecido.
"Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Talvez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo."
Pablo Neruda
P.S. Quem não faz ideia, sou eu...
Beijo enquanto se acabam as cerejas
Peço desculpa por não comentar o teu poema, mas recebi o teu recado no meu Blog e já fui ver o link que deixaste e, fiquei abismada por lá ver o meu Blog transcrito na integra.
Por favor, gostaria que me dissesses como contactaste o referido Blog, para eu exigir que retirem de lá o meu.
Grata pela ajuda
Um abraço
"...No amor que o poeta proclama
No amor que o poeta sente…"
... porque me terei agora lembrado desse Poeta que tão bem "cantou" sentimentos...
"O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração."
(De Fernando Pessoa)
Um abraço ;)
Sei bem a que te referes, também já chorei muitas lágrimas de sangue, mas nunca abdicarei da felicidade doa a quem doer sofra quem sofrer! Eu tenho muito poucas coisas na vida, talvez até só tenha uma, a mulher que eu amo e que lutarei por ela com todas as minhas forças, por isso compreendo esse teu texto, aliás sempre compreendi muito bem toda a tua escrita (que leio sempre), porque tal como a minha ela é sentida, meu caro, nada na vida justifica o salto do precipício, é nas ocasiões difÍcies que temos que fazer as escolhas e optar, eu fiz a minha e não abdicarei dela por nada deste mundo, nem que tenha que virar tudo de pernas para o ar (sentido figurado) mas como costumas dizer "as palavras não são inocentes" pois não, no entanto nem todos as entendem, eu compreendo-as muito bem. Continuação de um bom fim-de-semana.
Repetir-me eu??? Bom às vezes é preciso realçar determinados pontos... Não é o que, por vezes, fazes?
Num salto desesperado
saltamos para a vida,
porque para quem ama
não existe outro lado.
um beijo salpicado de mar do barlavento...
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